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Divisão de cotas de televisão: Estaduais 2017

Por Marcelo Bandeira

 

A polêmica e nova distribuição de cotas de televisão dos estaduais é o retrato de um país que só visa o lucro, ou neste caso, a audiência. Na maioria dos casos a Rede Globo e as suas afiliadas estão diretamente envolvidas na negociação com os clubes, forçando contratos enxutos até mesmo para Clubes como Atlético Paranaense, Coritiba, Sport, Vitória e Bahia, todos presentes no Campeonato Brasileiro da Série A.

Com números exorbitantes, podemos ver que a maior diferença está entre o Campeonato Paulista  e o Goiano, são aproximadamente 157,8 milhões  de disparidade.

Há uma razão para tamanha diferença nas cifras: Audiência. A Globo justifica  que apenas o Campeonato Paulista e o Carioca chegam na casa dos 100.703.663 telespectadores, em pesquisa realizada nos campeonatos do ano anterior.

 

Campeonato Baiano: Estima-se que a competição valha aproximadamente 2,7 milhões, alcançando quase 15 milhões de telespectadores.

Vitória e Bahia que disputam a Série A nacional recebem, cada um, 850  mil reais, já os demais clubes recebem 113 mil.

Contrato: 2016 - 2020

 

Campeonato Carioca: A competição foi reformulada recentemente, voltando a ter os antigos moldes com as Taças Guanabara e Rio, com um quadrangular final. O Carioca tem alcance de 56,8 de telespectadores e também é exibido para o Nordeste, Norte e Centro-Oeste, justificando as suas altas cifras.

O contrato do Carioca é de 120 milhões por ano.

15 milhões: Flamengo, Fluminense, Vasco e Botago.

4 milhões: Bangu, Madureira, Volta Redonda e Boa Vista.

2,2 milhões: Macaé e Resende.

1,8 milhão: Nova Iguaçu e Portuguesa.

A bonificação para o campeão é de 4 milhões; o vice recebe 1,8 milhão; e      os semifinalistas recebem 250 mil cada.

Contrato: Globo Rio 2017 – 2024

 

Campeonato Cearense: O Campeonato Cearense vale 2,56 milhões e alcança cerca de 8,7 milhões de telespectadores.

800 mil: Ceará e Fortaleza.

120 mil: Demais clubes.

Contrato: Verde Mares 2016 – 2019 / Esporte Interativo: 2017 – 2018

 

Campeonato Catarinense: Ao contrário do Pernambucano e Baiano, o maiores Clubes Catarinenses tem um pacote de jogos transmitidos em pay-per-view e está orçado em 4,77 milhões. 6,7 milhões de telespectadores acompanham a competição.

673 mil: Avaí, Figueirense, Joinville, Chapecoense e Criciúma.

332 mil: Brusque, Inter de Lages e Metropolitano.

208 mil: Atlético Tubarão e Almirante Barroso.

Contrato: RBS TV  2015 - 2017

 

Campeonato Gaúcho: O acerto só ocorreu no fim do ano passado, diminuindo um milhão dos dois grandes clubes e aumentando 250 mil dos menores. A competição alcança cerca de 12 milhões de telespectadores e vale quase 35 milhões. 

11 milhões: Internacional e Grêmio.

1,5 milhão: Brasil de Pelotas e Juventude.

1,1 milhão: aos demais clubes.

Contrato: RBS 2017

 

Campeonato Goiano: Com o valor de 2,2 milhões o contrato do Goiano é com a TV Anhanguera, filiada da Globo e inclui pay-per-view e tem o alcance de 6,2 milhões de telespectadores.

500 mil: Atlético GO, Goiás e Vila Nova.

Aproximadamente 100 mil: demais clubes.

Contrato: TV Anhanguera

 

Campeonato Mineiro: Terceiro campeonato mais valioso, o Mineiro registrou um aumento de 56%, passando de 23 para 36 milhões. O pacote é para tv aberta e fechada e pay-per-view, alcançando cerca de 21 milhões de telespectadores.

12 milhões: Atlético MG e Cruzeiro.

2,8 milhões: América MG

850 mil: os demais clubes.

Contrato: Globo Minas 2017 – 2021

 

Campeonato Paraense: Desta lista, é o único campeonato que não é transmitido pelo Globo. Desde 2009 a TV Cultura é quem transmite a competição que é transmitida para 110 dos 144 municípios do estado, chegando a alcançar 71% da população, ou 5,9 milhões de telespectadores.

827 mil: Remo e Paysandu.

118 mil: demais clubes.

Contrato: TV Cultura 2017

 

Campeonato Paranaense: No Paraná, os clubes exigem um teto para as cotas que não fique atrás dos campeonatos do Eixo. Como a Globo e a RPC decidiram forçar um contrato baixíssimo, o Coxa e o Furacão não aceitaram e decidiram transimitir o clássico gratuitamente no Facebook, gerando a maior confusão. A dupla Atletiba quebrou um tabu e levou a transmissão para milhares de telespectadores.

2 milhões: Atlético PR e Coritiba.

1 milhão: Paraná Clube.

600 mil: Londrina

400 mil: demais clubes.

Contrato: RPC (não divulgado)

 

Campeonato Pernambucano: Com contrato firmado até 2018, o campeonato pernambucano capenga (ainda mais) para o desgosto (se possível) dos torcedores. Com teto estipulado em 950 mil, o Trio de Ferro receberá cerca de 1,1 milhão. O alcance dos telespectadores é de quase 10 milhões e vale 3,84 milhões.

950 mil: Sport, Santa Cruz e Náutico.

110: demais clubes.

Contrato: Globo Nordeste 2015 – 2018.

 

Campeonato Paulista: Com todo porte financeiro o Paulistão é o campeonato mais poderoso. Para se ter noção, o Botafogo de Ribeirão Preto, que disputa a série C, ganha quase 2 milhões a mais que o Atlético PR que joga a Série A do Campeonato Brasileiro e disputa também a Copa Libertadores (campeonato mais importante das Américas). O alcance de telespectadores da competição é de quase 50 milhões.

17 milhões: São paulo, Palmeiras, Corinthians e Santos

5 milhões: Ponte Preta.

3,3 milhões: demais clubes.

Campeão: 5 milhões

Vice: 1,65 milhão.

Contrato: Globo SP – 2016 – 2019

Fonte: Diário de Pernambuco/ Cássio Zirpoli

Fonte: Diário de Pernambuco/ Cássio Zirpoli

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