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Projetos Sociais: o desenvolvimento através do esporte

 Por João Victor Gomes

 O esporte, qualquer que seja, não pode ser mais considerado como apenas uma competição ou apenas um jogo. Nos últimos anos, a prática esportiva vem sendo utilizada como um meio importante de socialização e formação de pessoas/atletas principalmente na classe mais baixa. Além disso, o esporte também é capaz de englobar um ambiente sociocultural e promover medidas didáticas na sociedade. 

 

 Dentre os esportes, o futebol é o principal trabalhado em projetos sociais, muito devido à fama que é dada por ser o principal esporte do país. O uso do futebol atrai um bom número de crianças para os projetos, que em sua maioria é formado por jovens que sonham em ser jogador de futebol. Com isso, o desenvolvimento tanto no esporte como em outras áreas se torna mais fácil a partir do momento em que os jovens começam a fazer o que é prazeroso para eles.

 

 O desenvolvimento social através do esporte é a maior “arma” utilizada recentemente para tirar crianças e adolescentes das ruas e evitar que elas possam entrar no mundo do crime, ocupando o tempo livre desses jovens e desenvolvendo atividades que também ajudam no crescimento educacional e profissional. Na maioria dos projetos o objetivo não é formar um atleta, e sim, um cidadão. Para uma boa execução do programa, às vezes é necessário um envolvimento maior que envolve os jovens, as famílias e a população.  O alto nível de aceitação das comunidades em relação aos projetos também facilita a implementação em algumas regiões, gerando um laço entre o projeto e a população, muitas vezes, servindo para o desenvolvimento não só dos jovens que participam como também de toda a comunidade.

                                         

 O número de organizações envolvidas com esse trabalho vem crescendo anualmente em todo o Brasil, isso se deve, também, ao sucesso de vários atletas brasileiros que fizeram parte de projetos em suas comunidades e hoje carregam as suas origens Brasil a fora, o que também serve de inspiração para crianças e adolescentes entrarem e se envolverem no processo. Nas Olimpíadas do Rio 2016, por exemplo, 21% das medalhas do Brasil foram conquistadas por atletas que iniciaram suas carreiras em projetos sociais. Atletas como Isaquias Queiroz e Robson Conceição estão entre esses que surgiram e tiveram a primeira oportunidade no esporte através de projetos sociais.

 

 

 

 

Com isso, no ano de 2015 o governador do estado de Pernambuco, Paulo Câmara, sancionou a Lei Estadual de Incentivo ao Esporte que destina 5% do imposto sobre a circulação de mercadorias e prestação de serviços (ICMS) pago pelas empresas seja investido em projetos socioesportivos sem fins lucrativos. Uma medida feita para valorizar os atletas do estado, ajudar na formação de novos atletas e, principalmente, incentivar o desenvolvimento de mais projetos sociais na região.

 

 A Federação Pernambucana de Futebol (FPF), principal entidade esportiva do estado, também trabalha com incentivo e apoio a projetos nas comunidades, inclusive, levando o nome de Pernambuco por todo o Brasil como um dos principais estados a desenvolver esses trabalhos de desenvolvimento social e formação de atletas a partir de seus bairros. O presidente da FPF, Evandro Carvalho, falou um pouco sobre o assunto.  Confira o vídeo: 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                                                                                                   

 

                                                                                           Produção e edição: Antônio Gabriel e João Victor Gomes

 

 O grande sucesso e o alto número de resultados positivos conquistados pelos programas contribuem ainda mais para a continuação dos projetos socais, além de incentivar criação de novos em vários locais. O bem que o esporte faz para vem sendo e continuará sendo propagado por toda sociedade através de diversas maneiras, trabalhando no desenvolvimento e na socialização.

O incentivo a prática do esporte é fundamental para que novos programas surjam e possam ter apoio, principalmente financeiro, para sobreviver. Sobre isso, o Art. 217 da Constituição Federal diz que: É dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não formais, como direito de cada um, observado:

        I - a autonomia das entidades desportivas dirigentes e associações, quanto a sua organização e funcionamento;

 

     II - a destinação de recursos públicos para a promoção prioritária do desporto educacional e, em casos específicos, para a do desporto de alto rendimento;

 

        III - o tratamento diferenciado para o desporto profissional e o não profissional;

 

        IV - a proteção e o incentivo às manifestações desportivas de criação nacional.

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